Pássaros voando, seguindo o primeiro

A guerra por 1.000.000 de seguidores no Twitter

Não sei quantos de vocês acompanharam a mini guerra entre o ator Ashton Kutcher e a rede de comunicação CNN em busca da marca histórica de 1 milhão de seguidores no Twitter.

Ashton lançou um desafio à CNN: quem afinal chegaria em primeiro lugar ao número de ouro dentro do sistema de micro-blogging? Essa marca não havia sido alcançada por nenhum usuário da plataforma até então.

Um dos mais conhecidos apresentadores da rede de televisão americana, Larry King, chegou a brincar de maneira um tanto irônica, em rede nacional: “Hei, Kutcher, você está brincando? Acha que pode ganhar de toda uma emissora? Você sabe o quão grande somos? Sabe o que é a CNN? Kutcher você está jogando na liga incorreta. A CNN vai te esmagar”.

Pois é, mas não foi bem assim.

Tirando o fato da popularidade do Twitter causar problemas ao seu público inicial e realmente ativo, como as famosas “baleiadas”, confesso que passei um pouco da madrugada acompanhando o andamento dos números Ashton x CNN através de um gráfico atualizado em tempo real (não está mais no ar), criado por um Twitteiro.

Isso porque eu achei um abuso a CNN querer ganhar algo em um território formado por pessoas, indivíduos com vontade própria, que organizam as suas informações de maneira singular, sem depender da voz de um grande chefe influenciador.

Para mim a Internet tem um papel fundamental na quebra dos paradigmas relacionados aos meios de massa. A Internet é sim um meio de massa, segmentado em dimensões infinitas e pessoais, e sua beleza está justamente aí. Não sou revoltada nem contra o sistema, contra comerciais de televisão ou o que mais for. Mas acho que já está mais do que na hora da ficha cair 100%: essa terra aqui, a maior do universo, sem limite de espaço…é da gente!

Só para constar: Ashton fez uma doação de 100 mil dólares para uma instituição que luta contra a Malária, por ter atingido os 1 milhão de seguidores (a CNN tinha o mesmo comprometimento caso ganhasse a aposta).

Já deixei de seguir o Ashton: ele não tem nada de muito interessante a me dizer. Porém gostei de ter colaborado para a vitória de um indivíduo (mesmo que ator-pop-marido-da-Demi-Moore) frente a um dos gigantes de comunicação do mundo.

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