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Principais tendências de otimização de sites para 2008

Aqui está um artigo da Search Engine Watch, escrito por William Flaiz em 18 de Janeiro de 2008 e traduzido por mim, que trata das tendências de search engine optimization (SEO) para 2008.

No final do artigo coloquei minha opinião sobre alguns dos pontos abordados e sua aplicação ao mercado nacional de otimização de sites.

TOP 5 de Tendências de Search Engine Marketing para 2008

Com 2008 a pleno vapor, o jogo está começando a mudar para a comunidade SEO. Após da recente tempestade de previsões e resoluções para o novo ano, agências e profissionais de SEO internos estão cochichando sobre novas idéias e estratégias para a próxima grande atração do search.

Seguindo o recente surto de Natal no tráfego do Google através de novas compras do iPhone, a comunidade de search começou a rever o mobile. Além disso, já é esperada a guerra da social media, como foi transmitido através das previsões dos principais blogs de SEO.

Mas o que isso tudo significa para uma agência? Novas oportunidades e nova competição.

Ultrapassando os mecanismos de busca

O SEO se transformou em um produto por si só e parece que a indústria está adicionando novos brinquedos a esse playground. Dê uma olhada em mobile.

Desde o lançamento do iPhone, o tráfego mobile se transformou em uma possibilidade real para buscas de necessidade imediata. Enquanto Steve Jobs e companhia ajudam a quebrar as barreiras da WML (wireless mobile language), SEO tem uma chance real de transformar o tópico de buscas locais em necessidades de mídia mobile.

Da última vez que foi checado, 30% de todas as queries de mecanismos de busca continham código postal, nome de uma cidade ou estado. Respondendo a necessidades locais através da busca mobile, SEOs têm o potencial de transformar listas locais de busca em modernas “Páginas Amarelas”, para qualquer informação que alguém precisar em tempo real.

Buscas locais e mobile não são as únicas áreas que se cruzam. Como discutido na minha última coluna, o uso de social media (mídia feita em redes sociais como Orkut, MySpace etc) para SEO não apenas decolou, ela explodiu. O próximo passo para o novo SMO (social media optimization – “otimização para redes sociais” ou ainda “marketing em redes sociais”) é praticidade e aplicação.

Arm & Hammer (fabricam produto de limpeza) realmente precisam de uma conta no Facebook? Provavelmente não, mas uma empresa como a Kaplan (oferece serviços educacionais) pode precisar.

Uma estratégia viável para promover o site de um cliente não apenas para mecanismos de busca mas também para uma base de usuários (e, em retorno, voltando para os mecanismos de busca através de conteúdo gerando pelos usuários, blogs etc) é uma commodity valorizada – tanto que acaba expandindo a influência do SEO.

Isso me leva ao meu próximo argumento.

O SEO pode se popularizar

O SEO agora tem mais objetivos do que aumentar a presença nas páginas de resultados de busca. Os resultados de busca têm um significado e dizem ao usuário uma história relevante sobre sua busca. SEOs não são apenas bons divulgadores, eles são gerentes de imagem, algo que clientes e agências tradicionais tendem a gostar.

Online reputation management (monitoramento de reputação na web) estava na sua tenra infância em 2007. O serviço vai vir para ficar neste ano. Enquanto mais blogs e novas fontes de notícias surgem, empresas e pessoas vão precisar de monitoramento contínuo e atenção para proteger sua imagem online.

Está achando que isso soa como relações públicas? É verdade. Search começou a cair no mesmo passo do marketing tradicional e de táticas de RP. Com sua crescente utilidade e objetivo paralelo, SEO pode muito bem se popularizar este ano.

SEO internos (que trabalham internamente em empresas, ao invés de trabalhar para agências)

Deixando o quando de lado, a integração entre marketing tradicional e online parece inevitável e isso trás problemas para as grandes agências. Se o SEO se popularizar, espere que mais empresas tenham seu próprio time de SEO em tempo integral.

Mais demanda por SEO internos vai abrir mais vagas na área de SEO e atrair novos talentos para a indústria. Com o Yahoo HotJobs citando SEO como uma das 5 carreiras top que não exigem MBA, o campo parece promissor.

Para as agências, existe um lado negativo óbvio. Se mais pessoas desenvolverem seus próprios times internos, então existirá menos necessidade para seus serviços. Parece que as agências precisarão também atrair talentos.

A evolução não será alardeada

Em 2007 vimos o nascimento de muitos blogs, o lançamento do Sphinn e um tremendo aumento de discussão em geral sobre SEO. Isso levou a duas coisas: um fórum maior para discussões sobre SEO e a divulgação de certas táticas especiais. Aguarde por uma barra inversa (contrabarra ou “back slash”).

As táticas podem novamente voltar para o mundo underground. Mais fóruns “white hat” privados devem aparecer, com uma função similar a alguns message boards “black hat”.

As verdadeiras estratégias não estarão na SMX, SES ou PubCon, vão estar exclusivamente guardadas em algumas geladeiras. Com as pessoas se tornando hesitantes a falar abertamente sobre suas práticas, a única maneira real de conseguir saber as coisas boas vai ser através do velho e bom networking.

ROI sempre será o outro acrônimo de 3 letras

O SEO precisa continuar justificando sua existência para algo além do posicionamento nas SERPs. É claro que otimização no site é necessária para competir nos resultados naturais, mas também precisamos entender qual é o seu ponto básico.

Em 2008 é esperada uma ênfase ainda maior em mensurabilidade de ROI e análises. Claro, pois essa é a maneira que campanhas de SEO se provam eficazes, então por que seu cliente não investiria em um software próprio de análise? A configuração correta de analytics pode fazer toda a diferença para capturar e mensurar dados de conversão.

Não importa como mecanismos de busca criam, distorcem ou mudam funcionalidades, o jogo continua o mesmo para uma agência de SEO: aumentar a visibilidade do cliente. Não importa como isso mude, 2008 será mais um ano interessante para o mercado search.

Agora vamos às minhas opiniões pessoais sobre essas tendências de SEO e sua aplicação no mercado brasileiro de otimização de sites.

  • Ir além dos mecanismos de busca tradicionais é algo que realmente deve ser pensado
    Eu sou entusiasta da tecnologia móvel em geral e não posso negar que meu olho brilha sempre que se fala de qualquer assunto relacionado a mobile marketing. Até por isso tenho estudado bastante sobre otimização de sites mobile e feito alguns testes (dividirei esse conhecimento com vocês em breve).
    É inegável que sites mobile já sejam realidade em alguns países, principalmente na Ásia e Europa, mas seria muito otimismo falar disso em termos de Brasil como algo real no momento. Ontem um professor meu citou um dado que me deixou assustada: alguns milhões de celulares foram vendidos só esse mês (não lembro se 3 ou 6 milhões e como existe uma diferença muito grande entre esses dois números, prefiro não afirmar). Agora é preciso pensar quantos desses acessam a Internet com alguma frequência e quantas empresas possuem sites mobile. O número é muito pequeno em meio a um universo tão grande.
  • Buscas locais
    Hot hot hot! Os usuários ficaram mais espertos, talvez devido aos livros vendidos em bancas de jornal que ensinam a usar o Google. Qualquer que seja o motivo, o fato é que os usuários estão fazendo buscas mais refinadas e já possuem o entendimento de localidade. Eles não buscam por uma academia de ginástica e sim uma academia de ginástica no bairro tal da cidade tal e do estado tal.
    Aqui entra a importância de um SEO bem feito. Se os mecanismos de busca não encontrarem esses dados em suas páginas, para cruzar com as informações fornecidas pelos usuários…nada feito. Você simplesmente não estará lá e perderá um negócio. E isso já é uma realidade para os brasileiros…
  • Social Media Marketing ou Social Media Optimization ou, ainda, Marketing em Redes Sociais
    Be careful! It’s burning!
    É uma das tendências mais fortes lá fora e tem um potencial grande no Brasil, desde que seja bem utilizada. Não podemos esquecer que sites de redes sociais aqui têm um impacto muito grande na vida dos brasileiros. Ter sua marca inserida nesse mercado pode ser o diferencial competitivo que está faltando.
  • Online reputation management
    Para mim acaba fazendo parte do marketing em redes sociais e inclui ainda o RP web.
    Considero SIM muito importante em termos de Brasil e, novamente, é diferencial competitivo, já que a maior parte das empresas ainda não se sensibilizou quanto a isso ou não sabe como tratar os assuntos.
  • SEO internos
    Não acredito que seja uma realidade para o Brasil em 2008.
    O que eu percebo no mercado nacional é uma dificuldade dos clientes de SEO em aplicar as práticas sugeridas pelas agências especializadas na área. Assim o trabalho fica mais lento e não apresenta resultados tão efetivos, o que faz com que alguns desacreditem na otimização. É importante saber que SEO não é mágica. O trabalho de consultoria deve ser aplicado para que os resultados sejam alcançados. Depois é só alegria e…manutenção! É importante manter um monitoramento constante do seu site e da concorrência.
    Com isso tudo dito, parece lógico ter um profissional interno para acompanhar os processos de otimização, certo? Certo. A questão é que isso gera um custo alto. Profissionais realmente qualificados de otimização de sites custam alto. O salário pago com certeza retorna em lucro para a empresa através dos resultados alcançados, mas são poucas as empresas que já possuem essa visão.
  • Troca (ou não) de informações
    Acredito que os eventos internacionais de SEO estejam se tornando muito comerciais e isso já prejudica seu andamento. Fora isso, algumas das técnicas mais avançadas são comumente consideradas black hat ou gray hat ou como mais queiram chamar e, talvez por isso, não sejam tão debatidas publicamente.
    Para o Brasil: as informações técnicas e estratégicas não costumam fluir de uma agência para a outra. Acredito que comecem a surgir eventos úteis sobre o mercado de search marketing em geral, com um fim bem menos comercial que os estrangeiros. A questão é: o país precisa de mão de obra qualificada para a área e por isso precisa estimular gente interessada a se profissionalizar. Os eventos e um mínimo de troca de informações serão necessários.
  • ROI
    Amo ROI. Simples assim. E se não é uma realidade para algumas empresas…deveria ser. Todo gasto deve, em tese, ser monitorado em relação ao seu retorno.
    É importante mostrar para o cliente que o dinheiro investido em otimização está voltando em resultados reais para a empresa.
    Claro que nem sempre a própria empresa está preparada para fornecer dados analíticos de web como visitações, conversões, conteúdo acessado etc. Mas quebrada essa barreira inicial, a coisa flui muito bem.

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